Décadas De Som

Décadas De Som é um blogue que visa recordar as grandes bandas do passado que não tiveram
o espaço que mereciam na mídia, ou que já o perderam, e falar das novas que são competentes
para serem grandes, mas que por alguma razão ainda não o são.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Arte No Escuro



Formada em 1984, a banda contava com:

Lui -vocal;
Pedro Hiena - baixo;
Adriano Lívio - bateria;
Paulo Coelho - guitarra.

Já em sua primeira apresentação, a banda protagoniza cenas que serviriam de prólogo à sua lenda: ao cantar “Beije-me Cowboy”, canção sobre o submundo brasiliense com cenas de prostituição e suicídio, o vocalista Lui despeja um recipiente de tinta negra sobre si, num happening até hoje comentado pelos presentes. Musicalmente, a banda já iniciava com uma maturidade invejável, mas os anos seguintes provariam que havia muito ainda a realizar.

Poucos meses após a primeira apresentação, o vocalista Lui deixa a banda e dá lugar à jovem Marielle Loyola, então recém-saída da Escola de Escândalo, onde fazia os vocais de suporte. O talento, a presença e o estilo da nova vocalista serviram como um enorme diferencial naquele momento de efervescência musical, e as rádios passaram a executar algumas faixas da fita de demonstração da banda, como “Beije-me Cowboy” e “Na Noite”. Em 1987, a Arte no Escuro foi contratado pela EMI e o álbum intitulado Arte no Escuro (1988) seria lançado poucos meses depois, com evidentes amostras do impacto musical e do apelo visual da banda. Ironicamente, comenta-se (no livro Dias de Luta, por exemplo) que a Escola de Escândalo, banda que expulsara Marielle, foi preterida pela gravadora, que preferiu apostar justamente em sua nova e instigante banda.

Após o lançamento do LP, Marielle funda a banda Volkana, de thrash metal, mudando-se para São Paulo. A Arte no Escuro então encontra sua dissolução e seu único lançamento de mercado torna-se cada vez mais cobiçado pelos colecionadores. O contrato com a gravadora, aliás, expirou em 2004, o que deixa o trabalho disponível para negociação por outros selos. Uma eventual edição em CD não só serviria para recompor o quebra-cabeça da história do rock nacional, como também daria algo palpável às legiões de novos apreciadores da banda, que se lamentam de só disporem de arquivos digitais, sem algo mais “palpável”. Em CD, a banda teve apenas uma canção lançada, “Beije-me Cowboy”, incluída por Charles Gavin, ex-baterista dos Titãs, na compilação Discoteca Básica: Pop Rock Nacional dos Anos 80, o que é bom, mas ainda é muito pouco.

Arte No Escuro



01 Beije-me Cowboy
02 Na Noite
03 Celebrações
04 Entre As Aves De Rapina
05 Vencidos
06 Boró
07 No Fim
08 As Rosas
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Fonte:
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Synthozoid Alienoid



Tudo o que se sabe sobre essa banda é:

Origem:

-São Paulo, Brasil.

Principais influências:

-Música gótica e darkwave.

Integrantes:

-Franja - Vocal;
-Pedro - Guitarra, Programações e Vocal.

Download:

01 This Is Not Silence (Instrumental)
02 A Recess For The Order
03 Information.
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Fonte:
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quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Último Número



Montada em 1985, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e batizada com o título de um poema de Augusto dos Anjos, a banda O Último Número teve como primeira formação:

Gato Jair - vocal;
John Daniel - guitarra e violão;
Paulo Horta - baixo (fazia os arranjos da banda);
Clôde Franco - bateria.

Gravaram seu primeiro disco independente, "O Strip-Tease da Alma", em 1986, disco lançado pelo selo Câmbio Negro, de Belo Horizonte. Para a gravação do segundo LP, "Filme", de 1988, também independente e lançado pela Câmbio Negro, a formação foi outra:

Gato Jair - vocal
Otávio Martins - guitarras e violão;
Bob Faria - baixo;
Clôde Franco - bateria.

Esses dois discos foram muito elogiados, tanto pela mídia quanto pelos fãs. Tais elogios garantiram ao grupo a realização de uma grande quantidade de shows em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Alguns dos lugares em que O Último Número se apresentou foram Aeroanta, o lendário Circo Voador, Garota de Ipanema, Madame Satã, SESC Pompéia e alguns mais.

Museu do Mundo, gravado em 2001, é o terceiro CD da banda, que tem doze músicas, das quais três são regravações de canções registradas no disco "Filme". As nove restantes são inéditas. Além de seus discos próprios, O Último Número participou de duas coletâneas:

"Rock Forte", de 1987, com vários grupos mineiros, lançado pelo selo Plug da BMG-Ariola;
"Sanguinho Novo", de 1989, uma homenagem a Arnaldo Batista, da banda Os Mutantes, gravado com vários grupos do país, e lançado pela Eldorado.

O Strip-Tease da Alma (1986)



01 Dama Da Noite
02 Ars Longa Vita Brevis
03 Animal Sentimental
04 A Divina Comédia (O Jogo da Amarelinha)
05 Insistência
06 Eu Não Vôo
07 O Tempo dos Assassinos
08 Perjúrio
09 Agora Não
10 Destino
11 O Strip-Tease da Alma

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Filme (1988)



01 Desintoxicação
02 Carta do Marquês
03 Os Doze Trabalhos
04 Ars Longa Vita Brevis II
05 Filme
06 Come Together
07 O Anjo (Canção Bizantina)
08 Museu do Mundo
09 s.t.

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ethiopia



Ethiopia:

Pascoal Ferrari - vocal;
Pólo - guitarra;
Vicente Tardim - baixo;
Lúcio Agra - bateria.

Ethiopia foi formada em meados da década de 1980, na cidade do Rio de Janeiro. Com o fim do grupo punk Dezespero, Lúcio Agra formou o grupo de tendência pós-punk e dark. O
conjunto fez algumas apresentações na boate Ilha dos Mortos, no bairro de Copacabana, e
algumas no lendário Circo Voador. Gravou um único disco, o EP “Ethiopia”, lançado em 1986 pelo selo Top Tap e contendo as músicas:



01 Feito Navalha
02 Minha Vida Em Suas Mãos
03 Ethiopia
04 Vazio

O disco, com forte tendência pós-punk, põe em xeque o título de primeira banda gótica do Brasil dos 5 Generais, devido sua dramaticidade e pela melancolia.

Pascoal Ferrari andou fazendo participações no projeto Mix 80, banda formada por integrantes de bandas amigas como Eduardo de Moraes (Finis Africae), Major Nelson e Edinho (Kongo), Guilherme Isnard (Zero), Marcelo Hayena (Uns e Outros), Tony Platão (Hojerizah) entre outros.

Ethiopia para download:
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terça-feira, 27 de julho de 2010

Sensível elite Branca



Extinta banda pós-punk de Blumenau, Santa Catarina. Alguns de seus ex-integrantes hoje se apresentam com a banda de ska/powerpop Parachamas.

Conta a lenda que os antigos Deuses Nórdicos liderados por Odin, buscavam por diversão, então escolheram a música como meio dessa diversão. Mas logo vieram pessoas más que com suas intenções malevolentes criavam músicas com um propósito obscuro, negro. Então Odin sedento por justiça e alegria dentro das canções une seres iluminados e lhes entrega o dom da música e lhes diz: “Vós, iluminados, sois minha elite branca, que trará alegria e sensibilidade às minhas terras. Sois então a Sensível elite Branca”.

Single Espelhos



01 11
02 Retro
03 Espelhos
04 Em Paz
05 Sample Bonus
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Fonte:
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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Azul 29



Azul 29 surgiu de um encontro musical entre Bielefeld e Eduardo Amarante (membro também da banda Agentss) em abril de 1982. Ambos faziam parte do pequeno círculo de pessoas que tinham como característica a busca constante de informação e a procura de novas ideias que traduzissem o panorama musical da nossa época.

Mesclando voz, bateria eletrônica, casiotone, guitarra, efeitos eletrônicos e uma forte identificação musical, Thomas (ex-gerente da pioneira e tumultuada casa de rock Be-Bop-a-lula) e Eduardo, um colecionador de currículos inacabados (Engenharia, Arquitetura, Aviação, Metereologia etc) resolveram se unir com o objetivo de desenvolver um trabalho musicalmente representativo dos anos 80.

Em março de 1983, com um trabalho desenvolvido e com boa parte do repertório
delineado (Azul 29) então estruturando apresentações ao vivo, sentiu a necessidade de acrescentar dois componentes ao grupo, o que resultou na vinda do baixista (e fotógrafo da moda) Thomas Susemhil (outro membro dos Agentss) e de Malcolm John Oakley, baterista.
Com essa formação, Azul 29 reforçou seus alicerces, conjulgando influências e raízes europeias, baseadas principalmente nas tendências da nova música inglesa e alemã. O resultado foi um som universal, não regionalizado.

Em 1983 foi lançado o primeiro compacto pela WEA, porém, o que ganhou força foram as apresentações ao vivo que o grupo começou a fazer em agosto do mesmo ano. A repercussão alcançada atrvés deste trabalho e o reconhecimento nos meios musicais propiciaram a gravação de um novo compacto pela WEA em fevereiro de 1984, com tendência ainda mais eletrônica.

Vídeo Game



01 Vídeo Game
02 O Teu Nome Em Neon
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Metrópole



01 Metrópole
02 Olhar
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Fonte:
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domingo, 25 de julho de 2010

Bulimia



Banda feminina/feminista que balançou a cena candanga com um punk rock simples, gritado e agressivo. Algumas músicas simbolizaram tão bem o inconformismo das garotas em relação ao machismo dentro do punk rock que se transformaram em hinos, cantados em coros por homens e mulheres nos shows, como em “Punk Rock”. O disco capta uma versão mais sonora da energia dos shows em 15 das 16 músicas feitas pela banda durante sua curta existência, entre 1998 e 2001.

Foi em meados de 1998 que Bianca e Berila se encontraram e tiveram uma conversa que revelou o desejo em comum de ter uma banda só de garotas. Ambas já tinham alguma experiência com bandas, inclusive só de garotas, mas estavam sem tocar na época. Juntas formavam uma boa estrutura, com Berila na bateria e Bianca na guitarra, mas sabiam que seria um desafio encontrar garotas dispostas a tocar punk rock e enfrentar o antiquado, porém inevitável, preconceito à emancipação feminina. Apesar disso, estavam dispostas a tentar.
Pensando em quem aceitaria tal missão, Bianca chamou a amiga Silvia, que estava aprendendo as primeiras notas no baixo. Faltava apenas uma pessoa para completar o quarteto, e Iéri, amiga de Bianca, surgiu como a opção definitiva. Pronto! Estava formada a banda.
Bulimia foi o nome escolhido para a banda. O nome de uma doença que atinge tantas mulheres, obcecadas por um padrão de beleza ditado pela mídia, não podia ser melhor para uma banda, que luta justamente contra a cultura machista e patriarcal de nossa sociedade, que trata as mulheres como simples objeto, que deve seguir um padrão estereotipado de beleza para serem aceitas. Foi com essa idéia que Bianca escreveu o que mais tarde acabaria virando o hino da banda, uma música sobre mulheres que deixam de fazer o que querem por achar que é coisa de homem, a já clássica "Punk Rock".
Com tudo pronto, o CD é enviado para a fábrica com a promessa de ser entregue em 10/02/2001. Para a tristeza de todos os envolvidos com a produção do CD, assim como com a banda, chega a notícia de um sério acidente, envolvendo Berila e seu namorado, Bill. Após três dias desaparecidos, seus corpos foram encontrados numa cachoeira do Vale da Lua (Chapada dos Veadeiros). A notícia do afogamento do casal gerou muita tristeza, afinal, a banda perdeu não só uma amiga, mas a integrante que, junto a Bianca, fez a banda. Não havia muito sentido em continuar.

Discografia:

Se Julgar Incapaz Foi O Pior Erro Que Cometeu



01 Punk Rock
02 Lute Pela Sua Vida
03 Chegou A Hora
04 Nosso Corpo Não Nos Pertence
05 Orgulho Do Brasil
06 Publicidade
07 Homenagem
08 União
09 Liberte-se!
10 Negligência Social
11 Sofrimento
12 Tempo Livre
13 O Que Estão Tentando Provar?
14 Bumerangue
15 Rebeldia Premeditada
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In memoriam Berila

sábado, 24 de julho de 2010

Mal Do Século/Fuligem Sépia



Mal Do Século, banda pós-punk/goth surgida em meados de abril de 2006, mudou seu nome para Fuligem Sépia, por achá-lo menos "comum".
Uma camiseta da New Order fez nascer a amizade entre Fadil e Carlos. À partir daí as ideias não pararam de aparecer. Após essa fase entra Caio, irmão de Carlos, para tocar baixo e dar novas influências ao projeto, que até então seguia uma linha muito “noir”. Até o primeiro show a banda tinha um baterista humano, porém, por problemas temporais o mesmo deixa a banda, dando lugar primeiramente a Gary A., e em seguida a Cesare S., com seus ritmos, ora frenéticos ora hipnóticos, completando assim o quarteto.
Resgatando a sonoridade de bandas underground dos anos 80 e misturando-a a influências de bandas mais atuais gravaram um EP auto-intitulado, tendo em seguida encerrado as suas atividades.

Como Mal Do Século, gravaram três canções:

01 A Rua E A Chuva
02 Frieza Luminosa
03 A Balada Da Viúva Branca

Como Fuligem Sépia, em seu EP, gravaram as três e mais sete faixas:

01 A Rua E A Chuva
02 Frieza Luminosa
03 Cabíria
04 Saídas Ocultas
05 Fuligem Sépia
06 Festa De Ano Novo
07 Laços Esquecidos
08 A Pequena Menina Triste
09 Um Dia Trágico
10 A Balada Da Viúva Branca

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Isabella Superstar



Formada em maio de 2008 por quatro jovens de várias regiões de São Paulo, que desafiando a lógica, a racionalidade humana e o bom senso se juntaram para formar uma banda, mesmo sem saber tocar uma só nota em um instrumento; assim logo notam que a única coisa que podiam fazer era um power violence da pior qualidade; mas são tão horríveis que nem isso conseguem fazer direito...

Integrantes:
Luan - vocal
Chico - baixo
Od - guitarra
Montanha - bateria

Ex-Integrantes:
Lazaro - bateria
Maua - baixo
Ju - vocal

Provocações Por Segundo [Demo 2008]
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

5 Generais



Os 5 Generais surgiram em Brasília em meados da década de 80 e destacaram-se na coletânea "Rock Brasília", de 1987, com a canção "Pássaros Negros", uma homenagem aos góticos.
Considerada a primeira banda gótica nacional, sem nunca terem planejado isso, os 5 Generais tinham influência de bandas como Siouxsie & the Banshees, Cocteau Twins, The Cure e The Sisters of Mercy (gravaram em português uma versão para a canção "Marian").
Seu trabalho máximo é o mini-LP entitulado "Onde Estão As Pessoas?", lançado em 1989, que contém seis faixas:

Lado A:

01 Outro Trago?
02 Falsos Sorrisos
03 Ronda

Lado B:

01 Ratos De Brasília
02 Nas Linhas
03 Ouça-Me

No link abaixo as faixas estão numeradas sequencialmente, de 01 à 06.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Agentss




Banda de technopop/synthpop formada no início de 1980, em São Paulo. Seguia a tendência mais eletrônica do pop internacional, especialmente a alemã, representada pela Kraftwerk. Foi, ao lado de Azul 29, um dos primeiros conjuntos no Brasil a utilizar recursos tecnológicos, como o vocal sintetizado e o “eletrotranslyrics”.

Lançaram em 1981 o compacto Agentes/Angra, e em 1983 o compacto Professor Digital/Cidade Industrial.

Integrada, em ordem alfabética, por:

Eduardo Amarante (guitarra);
Elias Glik (bateria);
Kodiak Bachine (sintetizador e voz);
Miguel Barella (guitarra);
Thomas Susemihl (contrabaixo).

Links para download:

Agentes/Angra:
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Professor Digital/Cidade Industrial:
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Fonte:

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